sábado, 30 de julho de 2011

O fim do inverno interno.

Os corpos emanavam o desejo, mesmo com  a distância
ela encarava o chão, ele encarava a lua
e o silêncio era quebrado apenas pelo som das respirações fortes e rápidas...
pelas mente passavam todos aquele delírios..
e ela abaixava a cabeça, cada vez mais..
ele sorria sutilmente para a lua.

 Ela quiz dizer algo... ele também...
mas permaneceram quietos, apenas se olharam profundamente...
bem no fundo dos olhos.
ela sorriu docemente para ele, que pôs-se a retribuir.
 novamente o olhar daquela garota voltou-se ao chão..
chão esse em que ela estava sentada.
ele estava ao lado dela e ainda olhava a lua, que brilhava nostalgicamente.

Os corpos iam escorregando pela parede
em sentidos opóstos, até um ombro tocar o outro.
eles se encararam novamente.
ele sentiu, o ombro gélido dela, descoberto, pela camisa sem mangas .
a garota, manteve naqueles olhos, o olhar fixo... e deixou-se delirar ali.
seu rosto já começou a ficar levemente avermelhado.

Ela abaixou a cabeça...e ouviu um suspiro, escapando dos lábios daquele homem.
ela sorriu com metade dos seus lábios.. e olhou pra ele..
ignorando sua vergonha, ignorando sua insegurança....
ele ainda olhava a lua....
ela foi escorregando ainda mais o seu corpo, como se fosse sem querer.
 até que ela encostou-se totalmente nele...
de lado para o seu corpo, deitada em seu colo....
ele ainda olhava o céu. mas ajeitava seus braços, para acomodá-la
ela com a cabeça encaixada no pescoço dele, e entrando entre as pernas dele.
sim... eles se uniram, como desejavam... -num simples escorregão.-
ela olhou para cima, procurando aqueles olhos...
os dela brilhavam e seu rosto novamente estava tão vermelho que ardia...


eles se encararam... profundamente...
e ele apertou-a entre seus braços...
todo aquele delírio... estava começando a realizar-se.
os olhares penetrantes.... inseparáveis...
os rostos indo delicadamente para frente...
e então, os lábios se tocaram... sem pressa alguma...
e os corpos foram apertando-se cada vez mais forte.

O beijo não tinha pressa alguma...
mas a intensidade, tinha pressa em dominar aqueles corpos.
ela sentia o calor dele... e ele sentia o frio contido na pele dela.

Ela com uma mão encostada em seu rosto
e a outra em sua nuca...
ele, brincando com as mãos, em cada pedaço daquele corpo.
os corpos ainda escorregavam...quase deitando-se no chão...
e ela descendo seu lábios, pos-se a beijar aquele pescoço...
os dois, sentiam a dificuldade na respiração...
os olhos, permaneciam fechados....

Ele ainda deixava sua mão, brincar no corpo dela...
e ela deixava-se cair sobre ele...
mordiscando levemente o seu pescoço....e depois beijando-o.
 Eles deliraram...juntos....
sentindo a temperatura um do outro...

Eles já estavam ali, deitados ao chão...unidos....
a respiração estava ainda mais ofegante...
o beijo ainda mais apaixonado...
os toques ainda mais ousados...
eles não conseguiam segurar suas vontades...
e ela queria apenas ser dele....


O frio, bateu nos corpos....
e os corpos, já estavam com peças a menos de roupa....
eles levantaram-se... sem quebrar aquele beijo....
sem parar aqueles toques...
E foram caminhando por entre aquele lugar....
chegando em um quarto... escuro...
lá eles deitaram-se... dando ainda mais ênfase a tudo o que sentiam.

Eles retiraram o resto de roupas que lhe restavam...
e sentiram o corpo do outro...
calorosamente.... intensamente... apaixonadamente...
ela sentia o peso do corpo dele, agora sobre ela...
ele tomava os lábios dela... delicadamente...
eles estavam tão unidos, que pareciam ser um só.
e os corpos nus, dançaram juntos... na noite fria...
eles deliravam... ouvindo cada palavra do outro, em pensamentos..
já que os lábios, não conseguiam pronunciar nem uma palavra..
sua unica expressão, era corporal... e seu único som, era fremitante...

E os lábios não se separaram...
os corpos realizaram o desejo.... que a intensidade cravou na alma...
eles permaneceram ali... daquele jeito...
ela sendo apenas dele...
e eles enlouqueceram... perdidamente...

eles só pararam aquilo.. quando o corpo ja não tinha mais forças..
e o prazer fez com que eles ficassem trêmulos...
nesse instante, eles se encararam e sentiram aquilo passando por todo o corpo..
ela, corada...aquecida e apaixonada...
ele compartilhando com ela o seu calor.... a sua intensidade...

O poeta... o corvo.. o lobo...
o homem, que mais encantou essa garota...




~~ Ai está... o meu delírio mais forte... pra ti ~~

--Numa noite, em que os meus  segredos ficaram inexistentens...(sentimentos deliciosos)

Para o causador dos meus delírios:


Sim... eu te quero..
te quero por perto....
te quero ao meu lado... vivendo comigo, a realização de um delírio...
que já não está mais tão distante...

Sim.. eu quero te olhar..
te olhar fitando-me...
eu quero ver-te sorrindo...
e selar os sonhos, que ambos sonhamos....

Eu que me perdi nesses desejos...
quero somente te encontrar...
e com toda a pureza, tentar fazer você sentir-se bem.

Eu desejo dizer para ti, bem de perto, sussurrante...
tudo o que lhe escrevo...
tudo o que sinto...

Eu quero tocar-te o rosto...delicadamente,
beijar-te o pescoço... intensamente,
te encarar os olhos...profundamente...
e por fim, delirar  contigo... insanamente.
mesclando a pureza, com a intensidade e com a paixão.

Sim... eu te quero... te quero o mais próximo possível...
para que sintamos, a minha pele fria, queimando...
pra que a separação dos corpos, pareça impossível
e o desejo transborde de nosso corpo, de nossa boca...


Eu delirei....por sonhos extremamente profundos e intensos...
Isso me deu ainda mais vontade de realizar tudo isso..
me deu ainda mais vontade de te sentir...
de esquecer tudo.. e apenas viver isso...

Eu quero a sua intensidade... em mim.
no dia frio... aquecendo-me...
eu quero nossos delírios loucos unidos...
quero sentir sua respiração... de perto..

quero enlouquecer mais e mais...
e sentir a overdose que você me causa...
me alucinando...

Respirações ofegantes... corpos ardentes em desejo...
carinho, desejo, vontade, paixão,  intensidade...
quero tudo isso de ti.. e de mim...


Quero-te por perto..
para matar tudo o que ficou de ruim...
e adormecer só ao fim, desse esperado delírio. 



Enlouqueça comigo.... sinta nossas palavras juntas..
as minhas entregues  pra ti.. e as suas para mim..
sinta essas palavras modificando as sensações..
e multiplicando os desejos..
realize-os... realize-os...

Apenas... sinta meu lábios, tocando-te a pele agora...
irei apenas delirar... é o que posso fazer agora....
meu delírios.... estão ardentes...
meu delírios.. são apenas  seus....




--- E hoje, ainda mais de mim pra ti..--


Numa noite... forte, lotada de sensações e vontades misturadas...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meus desejos... são somente teus..

 Estou ouvindo a sua voz agora...
eu estou sentindo o teu calor nesse momento...
eu quero sentir isso, tomando posse de mim.

Eu estou olhando no fundo dos seus olhos
e estou sentindo todo aquele delírio de novo..
eu quero entregar-te todos meus melhores sentimentos...

Eu quero ao menos continuar fazendo você se sentir bem...

Eu já não tenho mais palavras pra escrever....
sei apenas que me perdi nesse meu vício...que é você
sei também que quero viciar-me mais e mais....


E na noite fria, enquanto eu olhava o céu, pela janela
eu pensava somente nas suas palavras....
sim, elas me embalaram num doce sonho delirante...
elas me acalentaram num dia extremamente triste...
elas colocaram em meus lábios, o sorriso mais sincero.

Eu sinto sempre, sua mão tocando-me a pele...
meus pensamentos me levando até você...
e eu quero que saiba, que eu pretendo te entregar bem mais que um delírio.
eu quero te entregar bem mais que palavras...
por mais que estas palavras escritas agora, definam o que eu sou...
o que eu tenho sentido.

Entrego tudo o que sou... somente para ti...

Eu deixo meus delírios virem...
mas não vivo somente deles.
eu deixo minha loucura existir...
mas não quero deixá-la me dominar.
eu quero que nós, façamos uma nova realidade aparecer.


Eu quero estar contigo num dia frio...num lugar tranquilo...
e sentir a minha loucura me fazendo ficar mais perto de ti...
meus delírios querendo sair do surreal...
e minhas mãos querendo sentir a sua pele.

Eu desejo estar bem perto de ti..
e sentir meu coração acelerando, meu rosto queimando...
meu olhar preso em você...
sentir a temperatura e o cheiro da sua pele....
sentir a intensidade e o sabor dos teus lábios..

Eu mergulhei nesse delírio..e ainda estou submersa...
eu vejo a beleza exposta em cada palavra... em cada olhar..
e essa beleza que só você tem me encanta de um jeito adimirável.


Sua intensidade me apaixona....

Seu calor me chama...

Sua proteção me alegra...


E minha neve... te espera...




~~Te dando um pouco mais de mim..~~
--Numa tarde, agradável.... ouvindo Tsuki no Uta, pensando somente em ti.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Encarando-te os olhos



Eu continuo olhando seus olhos...
e bem ao fundo deles.. eu não vejo a tristeza que imaginei que veria...
eu vejo força, coragem... vejo os olhos de um homem encantador.


E nesses olhos, novamente eu me perdi...
novamente eu deixei  a ilusão segurar-me nas mãos
e me carregar... para onde ele quisesse levar-me.

Eu tenho esquecido aos poucos, os erros que foram cometidos....
eu tenho deixado pra trás. o que tornou-se passado...
eu tenho abandonado meus pensamentos atordoantes.. e pensando mais em ti.

E na noite fria...eu já não me sinto mais confusa ou estranha...
eu sinto-me confortada por suas palavras
e sinto-me levemente aquecida pelo seu calor..

Em meio aos meus delíros... repeti para mim mesma as suas palavras...
então imaginei. como seria "segurar as suas mãos e andar pelo desconhecido"...
eu sorri....com meus lábios secos, fechei meus olhos e abaixei minha cabeça.

Eu continuo achando que estou louca....
essa parece ser a única solução para isso tudo..
minha loucura ter encontrado a sua....
e elas terem se atraído....

Enquanto meus olhos não se abrem....
eu sinto a neve caindo em minha cabeça... eu tremo...
ouço sua voz em meu ouvido... e arrepio-me....
e meu coração novamente bate tão rápido que chega a doer...

Eu abro meus olhos.... toco minha pele...
está fria, mas por dentro tudo está quente...
eu permaneço deitada, na noite fria e vazia...
pensando... até que o sono, me pegue...

Eu continuo sem palavras, pra expressar algo tão novo...
eu olho a lua bem no topo de minha cabeça....
e sempre que olho pra ela, é de ti que eu me lembro...
e não me sinto sozinha....

Agora...  só a distancia que te afasta de mim...

Será que a realidade está muito longe de nós?
parece estar tão proxima....
ou será que isso é mais uma ilusão...?

Não pretendo ficar me perguntando mais nada...
Eu continuo ouvindo aquela mesma canção,
aquela que me faz te sentir perto de mim....
...pretendo apenas, esperar essa doce overdose
apossar-se de mim...
e meu frio, apossar-se de teu calor...

Pretendo ter nossa intensidade junta...
e sentir a doçura de suas palavras ardendo na pele..

Quero te fazer bem... nada além disso...

É muito mais do que um desejo...
é muito mais do que a esperança de um futuro toque...
é muito mais do que delíros...
eu quero muuito mais de ti....

Eu quero estar perto de ti...
o suficiente para sentir-me quente...
o suficiente para não falar mais alto que um sussurro...
o suficiente para absorver o calor de teus braços e  doçura dos teus lábios.... intensamente

 E depois disso tudo apenas olharei  nos seus olhos...
....segurarei fortemente  a sua mão
e irei  solta-la apenas ao fim da aternidade.


~~Mais um pouco de mim... somente pra ti~~



--Numa tarde, em que tudo parecia vazio.... em que tudo parecia triste..
mas que eu pude encher-me de nossos delírios....

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Intensidade encantadora


  E nossos sonhos e desejos distantes, parecem confortar-nos...
eu desejo cada palavra sua, com tudo o que existe em mim...
e toda essa confusão, apenas me dá mais vontade,
de te conhecer cada vez mais...

E meu corpo trêmulo, deixa-se delirar
e deseja afundar contigo nessa ilusão que nos pertence,
meus olhos se fecham enquanto a doce canção toca bem ao meu ouvido
e meu coração acelera, enquanto eu leio cada palavra sua...

E intensidade, foi a primeira coisa que pensei
ao primeiro contato com essa pessoa tão encantadora
... e essa intensidade se faz cada vez mais presente quando penso em ti...
e meus sentimentos aparentemente mortos,
estavam apenas dormindo, numa noite eterna e fria..
mas você, com seu calor, acalentou-me
despertando com doses intensas e puras esse sentimentos...

A canção entra pelo meu ouvido, sussurrante...
e meus pensamentos viajam até você...
meus medos, escondem-se e o delírio, entorpece-me.
Vejo os lábios quentes chegando perto de mim...
e os corpos distantes, procurando a proximidade...
sinto o calor abrangendo-me mesmo estando um pouco distantes
e sinto  seus lábios calando-me.

Logo meus olhos abrem-se...
tirando-me desse delírio tão apaixonante...
as frases marcadas, em minha mente
chamam-me para a realidade .... e eu sorrio insanamente..

Minhas sensações misturam-se...
com um outro que entra ardente em meu peito
arrepiando-me...
e esse arrepio sobe-me por todo o corpo
a respiração se faz difícil.... ofegante
e meu corpo treme ainda mais...
meu rosto queima ainda mais..
e eu te desejo, por perto... ainda mais.

Meus delírios agora são seus..
use-os como achar necessário
eu, que escondo de todos o que sinto..
tenho vontade de dizer pra ti, o tempo todo,
o quanto é necessário ter você comigo..
o quanto é agradável, ter te conhecido..
o quanto é perfeito, poder ganhar suas palavras
e o quanto é delirante, sonhar contigo, quando acordada..

Caso queira, venha e acorde-me..
eu terei prazer em acordar em seus braços...

Caso prefira, adormeça ao meu lado
terei prazer em sentir sua presença...

Caso possa, feche seus olhos
e deixe-me sentir a tensão de seus lábios...colados nos meus

Meu inverno interno
está chegando ao fim...

E caso deseje, segure-me...
e deixe-me abosorver seu calor intenso...


~~~Just for you~~~

~~Em uma noite, calma... delirante, cheia de sentimentos gostosos de se sentir...

domingo, 24 de julho de 2011

Tentando curar-te docemente...


 Eu vejo cada cicatriz, formada na pele branca
vejo a tristeza trancada no fundo dos olhos
e o sorriso perdido nos lábios...

Eu sinto o calor mesmo de longe, aquecendo-me
sinto o arrepio deitando em minha pele
e em meus olhos o brilho, que havia sumido sem dizer adeus, voltando.

Eu toco sua pele, calmamente...
olhando nela, cada detalhe, cada corte..
são cortes profundos e dolorosos...

E enquanto olho em seus olhos, sorrindo
levo com toda a delicadeza, meus lábios à sua pele.
depositando em cada cicatriz, meu beijo mais intenso e protetor...

Meu peito, transbordava de sentimentos...
assim como meus olhos, que enchiam-se das lágrimas mais tranquilas
que já passaram pelos meus olhos....

Meu toque, feito do carinho mais sincero...
junto aos lábios, que em cada cicatriz, deixavam um rastro
de agradecimento, de alegria, de paixão.

Beijos doces, molhados e suaves
como a  mão que acariciava o corpo...
a pureza do olhar, alucinado... em seus olhos quase fechados...

Em seus cabelos, meus dedos se entrelassavam
e eu ia tentando... apagar sutilmente as dores que apertam o seu coração...
afastar os medos e inseguranças que nos rondam....

Afastar, mesmo que fosse só por aquele momento...
as dores, das cicatrizes com meus lábios pouco a pouco...
a tentativa, mais pura que já me passou pela mente...

E em cada cicatriz que eu beijava..
eu depositava uma dose das minhas verdades, dos meus sentimentos..
eu ia  entregando-te o delírio que foi aceito...

Calmamente... docemente... cuidadosamente...
cuidando de quem mais cuida de mim, quando preciso...
tentando, nem que fosse por uma vez, tirar as dores que apoiam-se em ti.

E sua pele queimava... a cada beijo que eu depositava nela
feito fogo, derretendo a neve, que vive dentro de mim..
e em teus lábios, deixei o beijo mais apaixonado que ja pude dar...

Nesse instante... sinta-me tremendo contra seu corpo...
sinta meu  coração batendo forte contra o seu peito..
sinta-me entregando-te cada dia, algo novo de mim...

Eu...que  te entreguei meus delíros..
e você que  entregou-me seu calor...
Quero sua intensidade, mais do que qualquer outra coisa....


~~~Em uma noite, confusa e calma... em que eu me sentia, intensamente feliz..

sábado, 23 de julho de 2011

Aceita um pouco de meus delírios?




Eu sinto que meu corpo treme, desconcertadamente
e sinto que meus pensamentos voam, como os pássaros...
para longe, indo ao seu encontro
já que eu não posso ir, junto à ele.

 Eu sinto que meu coração bate aceleradamente...
e sinto minha respiração ficando ofegante, como num beijo intenso
que eu não sinto, mas que  espero entregar-te um dia...
já que não posso dar-te nesse momento...

E no centro de meus pensamentos, eu busco sentir voce bem perto
para que eu possa, saber se preciso sentir o sabor
desse desejo, doce...
que faz morada em mim.. insanamente.

E a vontade adentra-me...
fazendo-me querer expulsar essas palavras...
em sussurros leves, calmos e secretos... bem em seu ouvido.
fazendo-me querer te sentir, com minhas mãos...

E as palavras dançam e cantam, repetidamente
em meus pensamentos, levando-me a loucura....
e eu espero poder te tocar de leve, enquanto olho-te bem de perto.

Suor...
saliva...
contato...
palavras...perdidas..

E meus lábios calados, pedem pelos seus...
minhas mãos frias, pedem pelas suas, quentes..
meu corpo, frágil. pede pelo seu forte..
minha frieza... pede por um pouco de seu calor..

Delíros...
vontades...
dores...
delírios profundos....

E talvez, mesmo que o esquecimento não venha..
possamos criar uma estrada, e seguir andando por ela..
o quando nos for necessário..
sentar e olhar o céu,. escurecendo...

E o vento batendo no rosto..
trazendo o frio, que nos abrange..
e eu quero sentir contigo, o que sinto distante...
quero sentir por ti, bem de perto, o que sinto quando longe..

Sinto o calor crescendo, vindo de dentro...
sinto o corpo ainda trêmulo...
sinto meus olhos fechando-se...
sinto a tensão de suas palavras, entrando em mim..

E hoje, tenho certeza de que sou louca...
e quero te dar a parte boa da minha loucura...
quero te dar um pouco da minha frieza..
quero te dar um pouco de meus delírios...
um pouco de mim... o melhor de mim...

Hoje... sinto a vontade mais forte,
de olhar em seus olhos
e não abandona-lo por nada...
de encarar-te sem dizer nem uma palavra..
de me perder por horas,  nesse rosto belo e forte..
de segurar-lo de leve
e levar meus lábios para bem proximo dele...

Quero somente que sintamos algo bom..
juntos...

Desejo te entregar o que há de melhor em mim...
que você segure-me, calmamente...
e que aquele arrepio, que eu sinto.. a cada palavra que ecoa em minha mente...
suba por entre minha coluna... e me dê vontade de permanecer desse jeito..

Desejo... que o surreal, torne-se realidade..
e que você esteja ao meu lado..
compartilhando, da ilusão.

Que tudo o que entregamos em palavra
retorne pra dentro de nossos corpos...
que os corpos, sintam-se...

Como... nos meus delírios mais loucos..

Beije-me os lábios...sem pressa..
deposite neles, o que diz com suas palavras..

Toque-me com tuas mãos tãos quentes...
deposite em minha pele, suas vontades adormecidas..

Olhe-me com teus olhos tao lindos..
e deixe-me somente te adimirar...

Delire comigo, apenas uma vez..
e dê-me as lembranças, mais lindas que eu já imaginei ter..

Nem que seja, só uma vez...
eu desejo, sentir a sua intensidade, que tanto me encanta..
ardendo em minha pele...

Delire comigo... apenas delire..
e deixe-me  tentar fazer-te  sentir o que eu sinto...



~~Numa madrugada de sentimentos confusos... entretanto, com um sabor adocicado..

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu quero alimentar-me dessa doce ilusão



E os sentimentos permanecem guardados...
os corpos estão carentes, mas escondem-se das vontades próprias.
as conversas lúdicas criam os conflitos mentais
e eu só queria olhar no fundo dos seus olhos
e ver como você iria encarar isso.

Permanecemos distantes
e eu nem sei se temos a pretensão de estarmos juntos
eu sei que eu quero tocar sua pele quente com a minha fria.
e quero retirar o manto misterioso que cobre seus desejos.

Quero sentir a tensão de sua pele quente e molhada na minha
e ouvir sua repiração ofegante em meu ouvido, como um sussurro do vento
quero que sejam seus os meus sentimentos
e espero que você os aceite, e os use...

Sinto como se estivesse louca
procurando agarrar sentimentos novos e fortes
como se fosse a razão de tudo...
procurando entregar-te meus pedaços e fragmentos
como se você pudesse aproveita-los...

E se tudo isso for uma loucura..
que possamos enlouquecer juntos..
e nós que nos sentimos tão sosinhos
possamos apagar essa solidão com doses quentes de beijos...
que possamos sentir esses beijos ardendo na pele..

E caso isso tudo seja impossível
eu quero descobrir em  seus olhos...
quero descobrir o que iremos sentir caso fiquemos juntos
caso estejamos de frente um para o outro.

Eu nunca fui tão delirante.. nunca dei atenção aos meus devaneios
como tenho dado ultimamente..
aquela bela canção entra pelos meus ouvidos enlouquecendo-me...
Olhe-me nos olhos e beije-me os lábios
como eu sinto que você tem vontade de fazer...


Doce ilusão... a mais doce das minhas ilusões..
Quero alimentar-me dela..e depositá-la em seus lábios.



~~ Numa tarde fria, aconchegante e cheia de saudades.

Mente deturpada



 Após eu ameaçar cortar a garganta de uma professora até sentir o seu sangue molhar-me os pés, quando eu tinha sete anos de idade, fui levada a diretoria.  Minha mãe após buscar-me na sala da diretora,  permaneceu por horas com um olhar sério, ouvindo as três mulheres dizendo que eu tinha sérios problemas psicológicos, que eu vivia ameaçando os alunos e professores, que ela ja devia saber disso pois não fazia nem duas semanas que ela estava ali no mesmo lugar, ouvindo as mesmas coisas.
Dessa outra vez, uma garota, puxou os meus cabelos dourados, que estavam presos por uma fita preta, chegando a tocar abaixo da minha cintura. E essa garota, que devia ter a mesma idade que eu, puxou meu cabelo com força dizendo que eu era estranha e não deveria ter um cabelo bonito.
Eu achei aquilo tudo tão escroto, que aproveitei que ela estava em cima do escorregador e simplesmente a empurrei, com força. Seu corpo, foi jogado pra frente e seu rosto, foi arrastando-se pelo ferro, e depois pelo chão de cimento. Quando ela se levantou estava com o rosto inteiro ralado, no nariz tinha um corte profundo e o sangue escorria até pelo seu pescoço. Ela me olhou assustada e gritou, de dor.. de medo. Eu sorri pra ela e dei-lhe as costas. Minha mãe lembrou-se do ocorrido e disse que ambas agimos de forma errada. A diretora não queria escutar, ela me tratava como um ser bizarro ( que de fato eu era) Minha mãe cheia de escutar tudo aquilo, puxou-me pelas mãos em direção à saída.
Ela permaneceu em silêncio, mas eu via em seus lábios algo que parecia ser o começo de um sorriso.
Eu não ousava dizer nada, apenas andava, chutando as pedrinhas que encontrava ao chão.

Fazíamos o caminho de sempre, aquele sem graça, que era numa rua reta, com casas todas iguais.
Eu odiava aquele caminho, odiava aquela escola, aquela rua, aquele bairro. Eu sempre segurava nas mãos da minha mãe e ia andando de olhos fechados, brincando de ser cega ( o que era mentira, eu apenas respondia isso, quando minha mãe perguntava, mas na verdade, eu só ficava de olhos fechados, porque eu tinha vontade de quebrar aquelas casas iguais e feias)
Dessa vez eu fechei meus olhos na metade do caminho quando chegavam as casas de duas alunas que eu odiava. E minha mãe ainda séria, ia cantando a música do Doraemon.
Eu marchava imitando um soldado.
Minha mãe disse:
-Yuu-Yuu... eu nunca vi um soldado cego...
Eu respondi:
-Agora viu....
Ela riu de um modo gostoso de se escutar...
-Mãe... pode continuar cantando ?
-Posso Yuu...
E ela começou de novo a música que eu tanto gostava.
"Konna koto ii na    Dekitara ii na  Anna yume konna yume ippai aru kedo..."
Nessa hora eu sorri. Mas logo tirei o sorriso so rosto, como de costumo e também por lembrar-me daquele caminho chato.
Meus olhos ainda estavam fechados e eu quase tropecei quando, fui levada a fazer uma curva.
Abri meus olhos.Mas quando ia perguntar algo, minha mãe fez sinal de que eu ficasse quieta e continuou a cantar.
Até que chegamos em algo que parecia uma praça e tinha um balanço azul.
Eu olhei pra ela, com uma cara de quem não havia entendido nada.
E então ela me sentou no balanço e começou a empurra-lo, pra frente e pra traz, bem forte..
até eu manter meus olhos fechados de novo.
Ela ria... e quando o balanço, tomou força suficiente para ela não ter de empurralo ela foi se afastando de mim.
Um tempo depois ela voltou com dois sorvetes e ao me entregar um, riu de novo, daquele jeito estérico, que ela sempre ria comigo.
E eu sorria de leve..
Ela disse:
-Tome o sorvete...
Eu obedeci, e então ela completou:
-Da onde você tirou aquela de cortar a garganta da professora?
Eu engoli em seco..
-Não sei. Me deu vontade de dizer e eu disse.
Ela riu daquele jeito engraçado. e completou:
-Você parece ser mais velha que eu...
Eu dei de ombros e voltei ao meu sorvete.
Ela colocou as mãos em meus ombros e empurrou minha cabeça até o sorvete ficar esmagado no meu rosto.
Eu a encarei com um olhar sério
E saí correndo atras dela, até joga-la ao chão e enfiar o sorvete inteiro no nariz dela.
Ela ria freneticamente, bizarramente... alto e divertido...
Eu olhei séria pra ela:
- Você é muito infantil mãe..
E começamos a rir juntos.
Nos deitamos na grama  e ficamos em silêncio..
Eu pensando no quanto eu odiava quando as pessoas falavam mal da minha mãe.
Ela não era uma pessoa ruim, ela apenas vivia como queria, era uma criança, brincalhona.
Trabalhava num studio de tattoo e piercing, a noite fazia enfermagem.
Ela nunca terminava as coisas que começava e sem dúvidas, isso eu herdei dela.
E permanecemos lá, ela ainda ria e eu estava quieta.
-Filha... eu achei um livro anticristo  de Friedrich Nietzsche nas suas coisas hoje de manhã... Ontem achei o livro 120 dias de Sodoma e beleza e tristeza . Sabia que crianças da sua idade, deveriam ler contos infantis?
Eu dei um longo suspiro e conclui:
-Mas eu nao sou como as crianças da minha idade mãe.Eu gosto de ler coisas legais, não essas bobagens que as mães inventam pros filhos...
- Você tem a mente deturpada..
Rimos juntas e ela completou:
-Assim como a sua mãe.


E depois desse dia, eu tive orgulho dela, porque ela teve orgulho de mim.
Eu realmente tinha a mente deturpada e com o tempo, só piorou.
Se com sete anos de idade eu lia, tais coisas, imagina o que leio agora, dez anos depois?
Minha mãe e eu tomamos rumos diferentes com o tempo, mas ela continua igual, louca como sempre, brincalhona como sempre, mentirosa como sempre. 
Eu tenho orgulho de ter sido criada por ela, de ter tomado as lições que ela me passou, mesmo sem saber.


E hoje, no extremo que ja pude ser de louca e bizarra... Sei que eu aprendi do modo certo, a ser alguém.



E meu orgulho foi tremendo quando em uma conversas, à aproximadamente duas semanas, eu conversava com meu irmão, sobre meu pai tentar me forçar ir a igreja.
Nos estávamos discutindo o assunto, ambos com a mesma idéia, ambos criticando a religião..
Foi quando a Sayuri, que tem dois anos e 3 meses de idade, virou- se pra mim e disse:
- Mamãe... a "regilião" é o ópio do povo né?
Eu olhei assustada pra ela,  e orgulhosa como nunca estive, abracei aquela pequena criança bem forte.
E disse pro meu irmão que parecia ainda mais assustado que eu:
-Eu estou criando um pequeno monstrinho..
Ele sorriu e respondeu:
-Não Yuu.. vc está criando mais uma mente deturpada...


E os três rimos juntos..
Orgulhosos... curiosos.. e felizes..
E eu apenas fiquei imaginando.. "Melhor eu parar de ler e falar essas coisas perto dela.."



Fiquei imaginando a Sayuri com a minha idade, como ela será inteligente, como ela será linda... e fiquei  repitindo o tempo todo:
-Minha pequena de mente deturpada.



 

~Momentos de lembranças...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Setsugekka~The end Of Silence


雪月花 ~The End Of Silence~ (Setsugekka ~The End Of Silence~)


三日月を抱いた君に呟いた
粉雪と踊る君に逢いたい
たった一つだけの想いを乗せて
紅く染まる雪を宙(そら)に散りばめた

君を抱きしめる花となれ
募る想い巡らせ咲き乱れ
心奪われるほど君を愛せたことを
何度も...何度も...夜空に叫んだ

吐息朱く染めて歌い続けてた
今宵の夢にと君が姿を
君の消えた季節がもうすぐ終わる
最後の涙重ね粉雪に変えて見せよう

君を抱きしめる雪となれ
募る想いを散りばめ舞踊れ
傷を隠すとするほど
何故か涙が溢れて

君の微笑みが今霞んで見えないよ

君を照らし出す月になれるなら
夜空に星散りばめて君を探そう
体朽ち果てても

君を抱きしめる雪となれ
夜空の君を彩る花になれ
君に触れようとするほど
掴んでは消える..."雪の花"
何度も...何度も...夜空に叫び続けた

君に届きますように



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Tradução:


(Setsugekka ~O Fim Do Silêncio~)

Com você em meus braços, eu fico feliz
Os sentimentos flutuando desabrocham em todos os lugares ao nosso redor
Tanto que roubaram o meu coração
Eu gritei dizendo que eu podia ter amado você
De novo e de novo através do céu noturno.

Tingindo minha respiração de vermelho, eu continuei cantando
Você apareceu nos meus sonhos nesta noite
A estação que você levou consigo está prestes a acabar.

Levando consigo as últimas lágrimas
Eu vou transformá-las em neve em pó para te mostrar

Com você em meus braços, eu me transformo em neve
Eu me transformo em flores que colorem a sua imagem no céu noturno
Cada vez mais eu tento dá-las a você.

As flores de neve desaparecem assim que eu as aperto contra minha mão
Eu continuo a gritar de novo e de novo através do céu noturno.
Para alcançar você.
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---Essa música, tem uma extrema importãncia pra mim, ela que transportava sentimentos mornos, obscuros e tristes de lembranças que eu queria apenas poder esquecer, hoje, me transporta pra pensamentos belos.A canção e a melodia me acalmam de um modo tão lindo, que sinto a neve caindo delicadamente em minha cabeça. Mas ao mesmo tempo em que sinto a calma e o frio, sinto o calor abrangendo-me.
Sim, Setsugekka é a música mais tocante e bela, entre todas, para mim.

~~ Numa manhã quente, corrida e sufocante, em que eu precisava de pequenas doses de doçura..
--- Sim, eu consegui o que eu queria... ^^

terça-feira, 19 de julho de 2011

A chuva escorrendo pelo corpo





Na noite fria, ela sentia falta de um corpo quente
Mas já não lhe adiantava nada procurar por um...
Ela ja desistiu...
E aquela sensação amarga dentro de seu corpo, matava-lhe calmamente.

Ela não queria ficar sosinha, mas também não desejava algúem.
Não que pudesse aceitar isso...
Mas ela, mesmo sendo forte, sentia-se distante de tudo..
E o tempo trazia todas as memórias ruins e arrancavam-lhe as lágrimas...

Ela não teme aquilo que é estranho...
ela não tem medo do escuro...
ela não acredita nas promessas
ela não confia nas palavras doces
ela não pede pelos toques que recebe
ela que vive desse jeito, no meio...
entre a luz e a escuridão.

Mulher de semblante e corpo frágil
abraçada aos próprios joelhos... tentando derramar as próprias lágrimas
mas ela não conseguia esquecer o motivo....
e ela sentia que seria bem mais belo, olhar aquele rosto sério.
do que falar algo...

E naqueles negros olhos, espelham-se
sentimentos que ela conhece... muito bem..
ela sente o tremor em seu corpo, só em pensar em tocar aqueles lábios, com os dela.
ela que parece ser tão forte, chora...

E isso não foi tão bom, quanto parecia que iria ser..
as lágrimas desciam triunfantes por aquele rosto
que ainda permenecia inespressivo..
a chuva lá fora, caia forte, e ela curvava-se, para molhar-se.

As gotas cairam frias, fortes, em seu rosto
e seu corpo foi ficando cada vez mais molhado..
as lágrimas, derramadas pelos olhos, derramadas pela chuva...
e a vodka ia  descendo quente pela garganta, seca e apertada.

O corpo despenca ao chão
e  apenas a camisa branca que vestia, forma um belo desenho em volta do corpo...
camadas finas de tecido, molhado...
os cabelos, colavam-se na face e dos lábios saiam uma canção triste.

E aquela mulher deitava-se no chão
fitava serenamente o céu quase negro
e a lua formando-se...
e ela sorria, ao lembrar que existiam aqueles negros olhos... protegendo-a.

Ela sentia-se abraçando-o...
mais ainda estava distante de tudo..
ela não tem medo da escuridão..
e a água tão fria, fazia com que aquela moça tremesse desconcertadamente.

E ela não sabia mais o que fazer
ela queria apenas fugir... queria ir embora
mas lembrava-se sempre dos lábios, que expulsam as palávras mais doces
ela sorria com o canto dos lábios e tremia ainda mais.

Sentada ao canto, lembrava-se da arte, da voz, da música.
ela sorria insanamente...
E a chuva escorria ainda mais fria por aquele corpo.
ela cantava uma canção ainda mais triste
e sorria frenéticamente.
ela repetia:
Me diz que estamos juntos, mesmo estando distantes? me diz... me diz..me diz...
Tudo estava tão escuro.. mas ela não lembrou de seus medos..
ela só lembrava dos  olhos encantadores, que nunca haviam encarado-a.

E ela permaneceu até que a chuva parasse de escorrer-lhe pelo corpo
até que as lágrimas parassem de descer pelo seu rosto
até que seus pensamentos fossem somente dele..
e sim, ela havia desistido..

Mas a única coisa que lhe fazia sentido naquele momento
era perder-se em tudo aquilo que lhe fazia bem..
e ela sentiu-se amparada por aqueles braços protetores...
ela fechou os olhos, sentiu seu corpo tremendo...
e adormeceu, sorrindo...



Por: Yuki Inoue
Numa manhã de sentimentos misturados, ouvindo legião urbana, sorrindo... calmamente.

sábado, 16 de julho de 2011

O vento frio entre os mausoléus

E ela andava, por entre os mausoléus de cor escura
Como se não tivesse nada mais importante a ser feito
que não fosse apenas andar, sem rumo
e sentir o vento frio, batendo-lhe na face de semblante sério.

E ela cantava baixo, quase sussurrante, músicas fortes e doces
Como se aquilo fosse o mais importante a ser feito
ela cantanva, emocionada sentia seu coração forte, batendo contra o peito.
e sua mão fria, era tocada, por uma, que estava na mesma temperatura.

Aquela garota, sentia o vento, dançando em seus cabelos
e sorria docemente, sorria sutilmente e insanamente
quando aquelas mãos frias, apertavam fortemente as delas
e os pássaros, cantavam quase como gritos.

Ela observava os nomes, atentamente, em cada ossário, em cada túmulo
ela estava cada vez mais séria, cada vez mais fria...
Aquela mão segurava-lhe então a cintura
E jogando-a contra os ossários, capturou-lhe os lábios

A garota deixou, mesmo sabendo o quanto errado
estava agindo... ela queria apenas sentir o desejo
emanando dos corpos... vorazmente
E enquanto os lábios lhe percorriam o pescoço, as mãos deitavam-lhe o corpo.

E foi ali, naquela grama, perto dos túmulos, entre os ossários
que ela deixou-se sentir algo que era mais forte que ela mesma.
deixou-se mostrar que poderia fazer o que queria as vezes
mesmo sentindo o quanto aquilo era errado, ela continuou...

E o vento vinha, cada vez mais forte naqueles corpos
E os corpos, se uniam cada vez com mais força, com mais vontade
Seus toques provaram suas vontades
E ela repitia constantemente: Sejamos Puros, sejamos puros...

E aquelas mãos tampavam-lhe os lábios
buscavam refúgio em cada pedaço daquele corpo
E naquela tarde, os corpos equilibraram a pureza
apenas se sentiram.. apenas se conheceram..


E ao fim, quando o dia, se fazia quase noite
quando o vento estava quase congelando os corpos
quando os corpos estavam quase despidos
quando  a garrafa de vinho seco estava quase vazia..

Os dois fumaram um último cigarro
olhando para aquela lua, que brilhava bem no topo de suas cabeças..
E sorriam, em silêncio, apenas relambrando, cada momento..
E ambos disseram juntos: Foi um prazer, eu te verei de novo?

Ambos sorriram
Ambos levaram os corpos para frente
Deram seus últimos beijos..
E cada um seguiu seu caminho...

Novamante a garota, saiu andando por entre os mausoléus..
dessa vez sosinha, seu rosto parecia ainda mais sério
e o vento que dançava em seus cabelos
cantava sussurrante em seu ouvido..

E ela delirava.. questionando, o por que
daqueles olhos, tão verdes.. tão lindos..
terem a hipnotizado tanto..
terem a dominado tanto...

E ela sorria lendo os nomes de cada ossário...

Uma canção na manhã de inverno

domingo, 10 de julho de 2011

O dia chega ao fim...
trazendo de volta o frio
que guarda minhas lembranças...
ahh como eu gostaria de apaga-las...

E meu corpo frágil, busca a força pra segurar-se
e a vontade de simplesmente abandonar tudo cresce rapidamente.
Sinto que meu corpo despenca ao chão
e  as lágrimas escorrem pela minha face.

Sei que derramar minhas lágrimas já não adianta
mas não tenho vontade de segurá-las
sempre mantendo-me tão forte
escondo de todos, tudo o que sinto, tudo o que quero fazer
e isso me maltrata de forma tão amarga..

Quero apenas permanecer aqui, parado
enquanto as lágrimas escorrem
quero permanecer aqui, intacto
até tudo isso fugir de minha mente.

Quero deixar que o frio
toque-me o rosto até doer
quero a realidade, quero fugir de minhas próprias mentiras
sobre meus sentimentos..

E por  fim.. a neve está derretendo em mim...

Por> Yuki Inoue: Em uma noite de inverno não tão fria, mas com um frio enorme, saindo de meu corpo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Beijada por seus lábios navalhados

E em meu peito os sentimentos se misturam
como os corpos unidos e quentes na noite fria de inverno.
E em minha mente, palavras deturpam a consciência
como os que apagam a inocência por um efêmero momento de prazer...


E em meus lábios ficaram marcadas as cicatrizes dos cortes
sangrando docemente, ao toque dos lábios navalhados..
como a sensação de sua quente e macia mão, na pele fria
causando os arrepios mais mórbidos que pude merecer sentir.


E na noite congelante, pude sentir calmamente
você se acalentando, por entre as minhas pernas...
com aquela pele ardente, procurando na minha pele
aquelas carências, que por fim, você sempre encontrava.


Em meus olhos, mistura de medo e vontades adormecidas.
em minhas mãos o toque suficiente pra desperta-las...
toda aquela forma franca de simplesmente amar loucamente
matava-me, de modo torturante e viciante.


E os beijos de sabor adocicado
deixavam no final, a amarga sensação de despedida
que obviamente estava próxima, como a mentira que me segurou nas mãos.
e eu fui acariciada, por aquela mão perversa
 beijada por aqueles lábios rubros de navalha afiada...
envolvida por aquela voz graciosa e meiga...
sussurrando as palavras mais fervorosas que já pude merecer escutar.


E o que sobrou de tudo isso, é apenas uma saudade morna...
que mata a sensação de pureza...
que acaba com a calma do bater de meu coração..
junto com o ódio mais mortal
guardado junto a todo aquele amor já seco...
sentimentos podres e tristes, que teimo em guardar na lembrança
por medo de esquecer o dia, em que amei pela última vez...


ficará aqui guardado... eternamente






Por: Yuki Inoue 
"Numa noite desse mesmo inverno, ainda mais fria e congelante, em que meu ser estava cheio de saudades..."



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Beijos ..cerejas e loucuras...





Contorcendo-se em um prazer ínfimo

 

Deixa-se cair no chão escuro e frívolo...em desejos...

As mãos secando as lágrimas do íntimo

Balbuciando gemidos frêmitos... acerbos.



Um corpo atônito,encolhendo-se em prantos...

Adormecendo um amor idílio e morto

Cindindo calores...rumores de tantos...

Calando os sonhos de um passado torto.



Sonhos levados... pouco -a -pouco

Pela suada...corpo -a- corpo

Morrendo junto aos sentimentos e sabores...

Estremecendo aos quentes toques e calores...

Apenas imaginando o fim da sinfonia azeda e das amarguras

Sonhando com tais toques em sintonia...

recheados de doçuras...



trazida em sons de gritos abafados

Calando os beijos de carinhos apagados...

Nos labios secos, enterradas as palavras

de um dia beijos e paixões despertadas...



Não me olhe,não me toque e nem me beije

quero que me esqueça.. porém que me deseje

Quero deixar de amar-te...

E se puder matar-me, peço que me mate



Imagine que delírio apaixonante

Ser morta por essas mãos que enlouquecem-me

Labios rubros de um sabor estonteante...

Doce como a cereja...que delicadamente entorpece-me..



Por: Yuki Inoue

25/04/2011              


Em uma manhã em que eu estava me sentind horrivel, por ter todas as lembranças que eu mais gostaria e esquecer, despertando em minha mente.

O ódio... preso em minhas mãos





"Eu queria apenas poder expulsar de mim todas essas coisas que me atordoam..
Que me despedaçam.. que me matam aos poucos com uma dose delicada de violência mórbida.



Todos os sentimentos bizarros que entram em meu ser complexo..

tem dificuldades para escaparem..

E isso é algo que me maltrata.



Eu gostaria apenas que o vento frio, que dança com meus cabelos.. 

levasse consigo tudo isso.

Quero poder voar com ele.. voar pra longe.. pra sempre.



Quero que os cortes afiados de navalha viciante... 

matem-me de overdose...

Rapidamente.



E tudo o que eu achei que pudesse amar.. são apenas mais algumas ilusões...

Não quero amar... não quero chorar.. e nem sorrir 

porque eu não consigo fazer nada disso.

Quero que me apague delicadamente como aquela mão que afaga-me com carinho.



Desejo libertar-me de meus próprio prisioneiro.

Quero apertar-me.. sacudir-me.. gritar, loucamente..

Até sentir todos esses expurgos saindo de mim..

pelas aberturas sangrentas de dores amargas..



Cansei-me de ser tão forte sempre..

Será que as lágrimas guardam em cada gota um pedaço preso em mim..?

Será que se elas escorrerem pela minha face.. eu me sentirei melhor??

Será que essa metamorfose que me engana... pode ajuadar-me a recompor-me??

Será..?Será.. Será??



E as incognitas continuam a me matar..



Quero que o frio, congele-me..

Que o calor derreta-me...

Que o amor Persiga-me..

Que a paixão corte-me...

Que os sonhos firmem-me...

Que as lágrimas  molhem-me...

Que o vento  seque-me...

Que as pessoas olhem-me..

Que as orbes ingnorem-me..

Que as cores fujam-me..

Que a escuridão abandone-me..

Que tudo isso realize-se..

E que a metamorfose que faz morada em mim.. tire tudo isso de minha cabeça...



Será que eu crio as minhas confusões mentais.. por um mero tédio??

Será que eu vivo no meu próprio inferno..

Será que as loucuras que norteiam meu paraíso.. podem me buscar??

Será que os ódios que eu seguro nas minhas mãos podem escapar?

E as Lágrimas escondidas em meus olhos podem acompanha-lo?

Será.. Será.. Será...?"




Por Yuki Inoue
26/04/2011     "Em um dia triste de outono.. com aparência de inverno"

Uma canção na manhã de inverno part VI


Palavras doces e verdadeiras, trazendo junto à si...mais perversões e vontades:

"Eu podia sentir seu corpo ainda nu, enrigecendo-se contra o meu, com carinho.
E eu pude deixar você sentir meu corpo, enquanto, você cantou por várias vezes a nossa canção..numa nova manhã de inverno.
E quando a canção chega ao fim, eu pude escutar baixinho...baixinho você sussurrar em meu ouvido que me amava. Então assustados, meus olhos se abriram, encontrando-se aos seus. Você me encarava docemente, como nunca, apaixonado como nunca e lindo como nunca.

Eu sentia que você me amava, mas nunca pensei que poderia ouvir isso de teus lábios. Então eu pude deixar você escutar que eu também te amava. Eu sorri, você sorriu. E novamente, fraco como sou, pude deixar você sentir minhas lágrimas molharem-te o corpo. eu chorava e ria, baixo, de um jeito extremamente frenético.
E as tuas molharam-me também...ríamos, enquanto chorávamos... e nos amávamos.

O que mais importava? Nada !
Eu pude em uma única vez, sentir-me amado, em uma única estação, em um único sentimento, ao som da nossa canção.

Eu nunca senti vergonha de ser como sou, e você nunca sentiu vergonha de mostrar que me desejava. Mas me adimirava, você ter tanta vontade de me amar. E para falar a verdade, nós não precisávamos ter dito nada, pois nosso corpos falavam todo o tempo, do quanto nos amávamos. Eu pude sentir prazer em sentir-me fraco... em sentir-me dominado por teu corpo alto, forte e sedento. E eu sabia que naquele momento, mesmo com pureza, você  queria me dominar...
Então eu pude deixar que calmamente você me dominasse...segurando-me o corpo fortemente.

Pude sentir você erguendo-me e deixando-me de costas para seu corpo... e pude sentir também, você beijando-me delicadamente a nuca e apertando-me a cintura. bem forte. Eu pude sentir a dor, penetrando pelo meu corpo... detalhadamente... pude sentir você me dominando, com força, com carinho, com perversão, com amor. Os corpos movimentavam-se loucamente... e eu sentia no ar, teu aroma de cereja misturado com um cheiro forte de esperma.

Minha voz ecoava, em gemidos e urros abafados pelo lençol que eu tinha entre os làbios, mordendo-o. Meu corpo era jogado para frente com uma força enorme e trazido para trás por suas mãos carinhosas. Eu podia sentir a dor entrando e saindo de meu corpo... e como eu gostava daquela dor...embora dessa vez tivesse sido diferente, como se o amor que eu sentia, amaciasse meu corpo delicadamente. Você me segurava forte, pela cintura e eu mordia o lençol, cada vez com mais força.. e meu corpo era jogado para frente cada vez com mais força e trazido pra trás com mais carinho...

Minhas mãos estavam fechadas, apoiadas na pequena montanha de travesseiros, segurando-me pra que eu fosse amaciado, quando jogado pra frente.
E teus beijos, depositados em minha nuca, todas as vezes em que meu corpo era trazido para trás, enlouqueciam-me cada vez, de forma mais intensa. Pude sentir meu corpo enchendo-se de prazer, meus olhos fechando-se, virando-se... delirávamos juntos.

Nossas pernas tremiam, minhas mãos pesavam no travesseiro e as tuas pesavam wm minha cintura. A visão escurecia no topo dos olhos. O impacto dos corpos se fazia cada vez mais forte... a respiração ficava cada vez mais ofegante... e meus gemidos mesmo abafados, saiam fortes e altos.

O lençol, estava molhado em meus lábios e meu rosto se contorcia insanamente. Você gemia forte e alto e a cada impacto dos corpos, saia um som alto, como um tapa...
E quando eu achei que não iria aguentar mais prazer, pude te sentir puxando-me pra trás com muita força, pude sentir teus lábios amolecendo em minha nuca...
E senti com uma intensidade monstruosa, teu corpo satisfeito e louco de prazer, despendar para trás, puxando o meu junto. E novamente pude sentir o impacto dos corpos, e tua respiração tão forte no meu ouvido.

Nossos corpos cansados...molhados...caídos um sobre o outro. Novamente não pude abrir meus olhos. E o lençol ainda estava entre meus dentes, intacto, molhado. Eu fui me encaixando por entre suas pernas. E senti escorrendo por entre as minhas um líquido quente e espesso. E mais uma vez, tuas mãos me envolveram com uma delicadeza enlouquecedora.

Pude absorver a doçura de teus toques... E meu corpo avermelhado, ardia, pela força das batidas do teu contra o meu. Teus quentes e sempre sedentos lábios, beijavam-me o canto do rosto e nossos corpos ainda tremiam.


Eu realmente adorava ser dominado por você. E pude até me esquecer e perder as contas de quantas vozes voce disse que me amava, naquele período de loucura e quantas vezes retribuí..
Eu amava o modo com que só você conseguia me dominar, com que só você conseguia ser forte a ter total domínio sobre mim.. e ao mesmo tempo me fazer te amar e amolecer com teus beijos e toques. Eu amava teus beijos.. eu podia delirar quando teus lábios tocavam-me a pele. Eu permanecia intacto. Sentia intensamente a força que teu domíneo me causava.


O frio penetrava em nosso corpos, e novamente, com naturalidade você levou a mao aos meus lábios, retirando deles o lençol mordido. Esticando-o sobre os corpos.
O ar cheirava a cerejas, o mesmo sabor que eu sempre senti em sua pele...mas cheirava também à prazer...

E meu olhos já abertos, puderam ver nitidamente e bem de perto, o teu peito acomodando-me a cabeça.
Quando teu coração batia forrte, meu corpo pulava sutilmente, lembrando-me de todo aquele delírio. Eu não queria mudar nada....

Era uma nova manhã de inverno em que nos aquecíamos juntos... E surpreendente como sempre, tuas maos caçavam mais carências em minha pele, pele essa que facilmente se arrepiava com teus toques.
Voce sussurrava bem baixo em meu ouvido:
---"Kisu shite Yuu...Kisu shitemo ii...?"


Eu não respondi, apenas levantei a cabeça e te olhei nos olhos, dando a entender que eu desejava seus lábios.
E tua mão, delicadamente virou-me o rosto e calmamente teus lábios sedentos e carentes capturaram os meus.. com amor...


Eu pude sentir  e entender mesmo sem palavras, que aquela era tua forma de me agradecer. E ao fim daquele beijo, os corpos permaneceram unidos deitados. Enquanto em meu ouvido você sussurrava incansavelmente e apaixonado:
---Eu te amo tanto Yuu..."

Uma canção na manhã de inverno part V

Para que palavras?

"O frio penetrante, entrou pela janela entre-aberta e tocou-me o corpo, arrepiando-me. Eu pude sentir toda a fragilidade de meu corpo... E então você apertou-me o frágil e gélido corpo, como se quisesse dizer-me sem palavras, que cuidaria de mim...
Talvez fossem apenas delírios meu, mas delirar era o melhor a se fazer.
A tarde rapidamente fez-se noite.
E  teu corpo ainda estava sobre o meu.. teus lábios ainda me beijavam e teu coração ainda batia forte e alto, como se batessem para mim.
Isso eu sei que é tolice, aquilo apenas mostrava-me que você estava vivo. Mas na força de meus pensamentos, a tensão de teus braços fortes, segurando-me, comandando-me, a sua respiração ofegante, teu coração acelerado, provavam-me que tudo aquilo, era pra mim...

A noite de inverno em Tokyo congelava...comparado às manhãs e tardes. Mas eu não pude sentir frio, pois você me aquecia. E conforme os corpos enfraqueciam, a velocidade do beijo ia diminuindo e teu braço forte ia dando força as mãos, que iam acariciando-me com carinho.

Teu corpo ia caindo calmamente ao meu lado, ja quase adormecido. E eu estava amando tudo aquilo.
O tempo passa rápido e logo, você caiu adormecido, ao meu lado, com as mãos sobre meu peito. Teu coração ainda batia forte e alto. Teu rosto estava  enrubrecido, com um semblante calmo. Teus lábios estavam entre-abertos, como se pedissem os meus. Mas naquele momento, eu apenas queria te ver dormir.

Estava tarde, estava  frio, estava apaixonante. E eu pude adormcer ao seu lado, sentindo teu corpo encostar-se ao meu...teus dedos entrelassados aos meus e teu longo cabelo loiro, roçando-me na face. Eu não pude sonhar aquela noite, acho que talvez por ja ter realizado, todos os meus sonhos, naquela tarde, naquela noite.

Eu que jamais houvesse imaginado que poderia receber amor de ti. E com o tempo, eu pude despertar, sentindo o teu perfume apaixonante e doce, entrando-me pelas narinas. Ainda de olhos fechados, eu pude sentir você ao meu lado, quando estendi minhas mãos, segurando-te a cintura.

Voce ainda estava ali comigo. Eu não queria abrir meus olhos, como se achasse que o abrir dos mesmos, te tirariam de mim. Então permaneci como estava. E pude sentir a ponta de teus dedos, acariciando bem de leve o meu rosto... e teus lábios quentes, depositando uns beijos carentes e molhados em meu queixo.

E eu ainda não queria abrir os olhos..."

Uma canção na manhã de inverno part IV



Perversão: desejos, acerbos...vontades..delírios.

"Eu fui descendo calmamente meu corpo, lambia-te o pescoço, chupava-o, mordia-o. E repeti os mesmos movimentos em teu peito, em tua barriga e logo depois em teu baixo ventre... Tua respiração era tão alta, tão forte, tão ofegante...

E em movimento repitidos, eu pude capturar em minha boca, toda a prova de que eu pude excitar-te. Eu estava enlouquecendo junto à ti... eu podia amar-te...E pude ter você para mim...pude sentir você me amando.

Escutar sua respiração dificultando-se, enquanto os gemidos escapavam junto à ela. Aos poucos, você tremia mais e mais.Arranhava-me as costas...Teu corpo despencava sobre a cama. Eu pude ver teu rosto contorcendo-se em prazer. Pude sentir escorrendo pelos meus lábios um líquido quente e adocicado... a segunda prova de que eu pude dominar-te...que eu pude amar-te e deixar que me amasse.

Você permaneceu intacto, de olhos caídos, de pernas trêmulas. Pude ver teu suor molhar a pele... e lágrimas caírem dos olhos fechados...
Por que você chorava? 
Naquele momento perdi minhas forças...

Será que eu havia feito algo errado?
Meu corpo despenca ao teu lado, silencioso, enquanto as lágrimas que você me entregava, tiravam-me toda aquela força. E assim, torrnei-me fraco novamente.

E ao teu lado, chorei..chorei alto, enquanto o prazer emanava de nosso corpos. E voce, com os olhos delicadamente abertos, me olhava, meigo. 
Podia ser como fosse...você sempre acabava mais forte que eu. Eu chorava... e você acariciava meu rosto com a ponta dos dedos.
Então calmamente você começou a cantar a nossa canção da manhã de inverno.
meu olhar expandiu-se. E meu coração começou a acelerar de novo. Eu havia conseguido o que queria. Mas certamente faltava algo.

Você calmamente foi retomando suas forças e erguendo-se...cantando baixinho, nossa canção... dessa vez numa tarde de inverno. Enquanto você cantava, eu ainda chorava..e você foi retirando minhas roupas, olhando-me, apaixonadamente...como nunca antes havia me olhado.
Então a canção chega ao fim, no momento exato em que você havia me deixado completamente despido. E com o olhar mais doce do mundo, você beijou-me os lábios.
Enlouquecemos juntos...

Então deixei que me dominasse, que visse minha fraqueza...que fosse forte, mas nao fiquei parado e submisso. Eu te beijava loucamente, eu te amava loucamente.
E naquela tarde de inverno começamos a nos amar intensamente, com uma doçura inexplicável. As mãos calando as carências do corpo. Os lábios e línguas dançando juntos. E os corações formando juntos, a batida da nossa canção.

Nao sei definir perfeitamente...apenas nos igualamos.. nos entregamos ao amor, sem medo, porque mesmo quando era só desejo carnal, era bom, por ser com você...Mas quando eu pude provar seu beijo apaixonado e verdadeiro, um beijo quente e ofegante...eu pude sentir a entender o que eu queria desde o começo.
Eu queria apenas que VOCÊ  pudesse me amar... e naqueles momentos, foi o que você fez...
Você me amaou fortemente e me beijou com toda a intensidade contida em teus lábios, sabor cereja.

E por mais que eu realmente adorasse sentir-me forte, sentir-me dominar... eu me encontrava mesmo, quando você me segurava bem forte e me mostrava onde eu deveria estar... porque quando voce me beijava verdadeiramente e me segurava bem forte, eu podia te amar enlouquecidamente.
E por mais que eu adorasse nosso momentos de perversão, nossas relaçoes sexuais, o que me fazia contorcer-me em prazer, de verdade, era sentir-me envolto por teus braços...era sentir as batidas de teu coração, amassando-me o peito, era sentir que você podia me entregar mais que uma transa por carência...Era sentir que em manhã de inverno, eu me apaixonei loucamente por você,  por teus toques. Mas que em uma tarde, desse mesmo inverno, eu pude ouvir nossa canção sem você precisar canta-la...eu pude derramar minhas lágrimas, junto à ti... e pudemos juntos, apagar essas lágrimas.

Eu percebia o quanto amávamos estar juntos. E eu pude sentir-me forte, por ter feito você ao menos uma vez, beijar-me por amor. Eu me sentia forte, por ter você a me dominar, por ter seu peso sobre meu corpo...por ter o calor de tua pele despida sobre a minha também nua.
Eu ouvia incansavelmente nossa canção...."

Uma canção na manhã de inverno part III



A minha mudança:

"Ainda é inverno. Eram umas duas horas da tarde e desde as sete e maia da manhã eu estava parado, no mesmo lugar, com os mesmos intuitos.

A porta então se abre, eu sentia-me incrivelmente forte. Você entrou daquela porta, sem olhar para mim. Você me ignorava como sempre. E em uma movimentação rápida, você vai em direção ao seu quarto, como se não tivesse nem me visto ali. Mas eu queria que você me enxergasse, queria que visse o quanto eu estava forte. Era algo que eu tinha que fazer, afinal, por sua causa eu estava daquela maneira.

A porta de teu quarto, encosta-se calmamente. E eu permaneci encarando-a enquanto meus passos levavam-me à ela.
E dessa vez eu nao recoei. Eu abri a porta, sem bater ou avisar, entrei em seu quarto e depois, encostei novamente a porta. Você visivelmente assustado, encarou-me com uma certa fúria no olhar.
Já o meu olhar, era maldoso, era perverso, era maléfico e eu via tua imagem contorcendo-se pelo frio, apenas preparando-se para cair no sono.
... Mas você nao dormiria...

Eu com meu olhar preso à você,andava em tua direção. Você me olhava, raivoso, como se tentasse ignorar-me e não quisesse saber o que eu estava fazendo Mas você não o fez.
Você abriu os lábios, para dizer-me algo. Provavelmente você iria dispensar minha companhia e mandar-me embora, mas rapidamente, antes que você pudesse dizer algo, meus lábios calaram os teus.

Pude sentir, delicadamente, cada pedaço daquele doce lábio...pude sentir a saliva quente, pelos espaços dos lábios entre-abertos e pude sentir e escutar seu coração, assustado, batendo forte. Minhas mãos seguraram fortemente seus braços, enquanto você tentava soltar-se de mim.
-"Shh Kou... fique quieto."  - Eu disse sussurrante em teus ouvidos.Acariciando-te o peito.

Teus pequenos olhos, abriram-se de modo particular, você demonstrou claramente o pavor que sentia. Eu sabia que por tua mente, nunca se passou que um dia, aquilo aconteceria.
Então de volta aos teus lábios, eu pude acalmar-te pouco a pouco...E te fazer entregar-se a mim.
Eu estava delirante..eu estava te fazendo delirar.

Voce permaneceu calado, beijando-me, enquanto com minhas frias e sedentas mãos, eu apertava-lhe o corpo. E com minha língua, lambia-te o pescoço...de teus lábios eu pude escutar pequenos frêmitos ofegantes...pequenos gemidos, enquanto minha saliva escorria quente, suavemente pelo teu pescoço.

Eu desejei amar-te, eu desejei enlouquecer-te, mas com carinho junto à toda aquela perversão, eu queria que voce se envergonhasse por ter apenas se aproveitado de mim, para matar suas carências, tantas vezes...

Voce nem tentou parar-me...
Eu podia escutar seu coração batendo, forte e alto. Enquanto facilmente eu despia-te o corpo dominado.Você segurava-me as mãos, como criança que segura fortemente a mao da mãe, pedindo segurança.
Eu queria que você se sentisse seguro.Então subi ao teu ouvido e calmamente sussurrei:
---"Deixe-me amar-te Kou..."

Você novamente arregalou os olhos e baixo, quase sussurrante disse:
---"Por que você está fazendo isso Yuu? É vingança?"  -Parecia ainda mais  assustado.

Eu puxando-te o ouvido aos meus lábios, sussurrei, com ainda mais calma, ainda mais baixo:
---"Kou...deixe-me apenas amar-te."
Mordisquei delicadamente sua orelha e completei logo em seguida:
"E se puder... tente me amar..."

Vi seu rosto novamente se contorcer em vergonha. E então antes que você pudesse dizer algo,depositei em teus lábios, meu beijo mais apaixonado. E assim, te prendi na armadilha em que estava preso. Pude sentir você soltando-me...e deixando-me amar-te.

Então daí pra frente, facilmente arranquei-lhe as roupas e beijei delicadamente aquele corpo, sentindo o aroma e o sabor de cereja, a temperatura e o tremer desconcertado.

E eu realmente havia conseguido o que queria..."

Uma canção na manhã de inverno part II

O coração agredia-me o peito violentamente:

"E com uma naturalidade assustadora, você largou subtamente aquela guitarra, encerrando assim a nossa canção da manhã de inverno. E mantendo em mim os olhos fixos, você veio calmamente ao meu encontro.Parecia estar sedento. E eu..eu nao conseguia nem me mover...

Meu coração naquela hora, gritava, espancando com uma força tremenda o meu peito. E eu, enlouquecia a medida que você se aproximava de mim. Sem dizer nada, você carinhosamente segurou-me o rosto com uma das mãos. Eu permanecia intacto, embora estivesse meio encolhido, como se você fosse me bater. Com a outra mão, você segurou-me o pescoço, delicadamente, dando-me a certeza do quanto eu era fraco.
Como se tivesse total poder sobre mim, sua quente e áspera mão roçou pelo meu pescoço, indo até a minha nuca e a outra mão, puxou-me o rosto para frente.

Eu sentia uns murros dentro do estômago...uma dormência nas mãos. E seu olhar mantinha-se fixo ao meu.
Era tão calmo...tão sensual, eu sentia o aroma forte de cereja da tua pele e de teus lábios...como eu adorava aquele aroma.
Teus olhos pareciam raivosos, mas no canto esquerdo dos lábios, voce trazia um sorriso sádico, harmonizando a perversão em teu rosto.
Eu corava...sentia meu rosto todo ardendo, queimando. Nao conseguia mover-me...nao conseguia pensar, apenas te olhava enquanto os murros internos de meu estômago, cresciam, deixando-me enjoado e ofegante.
Seu sorriso espalhava-se, calmamente também para o lado direito do lábio. Mas visivelmente, nao era um sorriso de alegria ou felicidade. Era um sorriso de um Serial Killer, pronto para desvicerar sua vítima. E eu..eu queria tornar-me sua vítima. Como podia ser tão fraco..?

Mas você entendeu o que eu queria..e capturou minha fraqueza. Enquanto tua mão segurou-me fortemente os cabelos e puxou-os.
Teus quente lábios, capturaram os meus parados. Eu permaneci intacto. E vi teus olhos fechando-se, rapidamente e você deitando-se sobre mim. Tua pele era tão quente...mas você nao parecia se importar com a frieza contida em minha pele e em meus lábios. Eu sentia o aroma de cereja em tua pele..e o sabor da mesma em seus lábios...doce. Você enlouquecia-me com doçura...uma doçura perversa.E assim, deixei que me dominasse...

Daí pra frente, sempre que desejou, você pode me possuir para si, sem dizer nada, sem escutar nem uma palavra. Mas eu queria tirar de seus lábios gemídos loucos e frêmitantes, sussuros alucinantes e apaixoandos, gritos abafados e ecoantes. Era isso que eu mais queria...mas por tantas vezes, apenas permaneci parado, deixando que voce me consumisse e com o tempo, pouco a pouco fui tornando-me sua diversão secreta e particular.
Porque perto dos outros, você fazia o que era digno de um profissional: ignorava tudo.Fingia nao sentir desejo por mim, nao querer me dominar.Talvez seja por isso que ningém nunca tenha desconfiado de nada.
Mas eu sei que você gostava de tudo issso, pois voltou a se repitir todos os dias.
Eu queria poder te dominar, aos menos uam vez...
Eu repitia para mim mesmo... em baixo tom repitidamente:
---Eu irei dominar-te Takashima Kouyou... eu irei dominar-te.