quarta-feira, 6 de julho de 2011

Uma canção na manhã de inverno part IV



Perversão: desejos, acerbos...vontades..delírios.

"Eu fui descendo calmamente meu corpo, lambia-te o pescoço, chupava-o, mordia-o. E repeti os mesmos movimentos em teu peito, em tua barriga e logo depois em teu baixo ventre... Tua respiração era tão alta, tão forte, tão ofegante...

E em movimento repitidos, eu pude capturar em minha boca, toda a prova de que eu pude excitar-te. Eu estava enlouquecendo junto à ti... eu podia amar-te...E pude ter você para mim...pude sentir você me amando.

Escutar sua respiração dificultando-se, enquanto os gemidos escapavam junto à ela. Aos poucos, você tremia mais e mais.Arranhava-me as costas...Teu corpo despencava sobre a cama. Eu pude ver teu rosto contorcendo-se em prazer. Pude sentir escorrendo pelos meus lábios um líquido quente e adocicado... a segunda prova de que eu pude dominar-te...que eu pude amar-te e deixar que me amasse.

Você permaneceu intacto, de olhos caídos, de pernas trêmulas. Pude ver teu suor molhar a pele... e lágrimas caírem dos olhos fechados...
Por que você chorava? 
Naquele momento perdi minhas forças...

Será que eu havia feito algo errado?
Meu corpo despenca ao teu lado, silencioso, enquanto as lágrimas que você me entregava, tiravam-me toda aquela força. E assim, torrnei-me fraco novamente.

E ao teu lado, chorei..chorei alto, enquanto o prazer emanava de nosso corpos. E voce, com os olhos delicadamente abertos, me olhava, meigo. 
Podia ser como fosse...você sempre acabava mais forte que eu. Eu chorava... e você acariciava meu rosto com a ponta dos dedos.
Então calmamente você começou a cantar a nossa canção da manhã de inverno.
meu olhar expandiu-se. E meu coração começou a acelerar de novo. Eu havia conseguido o que queria. Mas certamente faltava algo.

Você calmamente foi retomando suas forças e erguendo-se...cantando baixinho, nossa canção... dessa vez numa tarde de inverno. Enquanto você cantava, eu ainda chorava..e você foi retirando minhas roupas, olhando-me, apaixonadamente...como nunca antes havia me olhado.
Então a canção chega ao fim, no momento exato em que você havia me deixado completamente despido. E com o olhar mais doce do mundo, você beijou-me os lábios.
Enlouquecemos juntos...

Então deixei que me dominasse, que visse minha fraqueza...que fosse forte, mas nao fiquei parado e submisso. Eu te beijava loucamente, eu te amava loucamente.
E naquela tarde de inverno começamos a nos amar intensamente, com uma doçura inexplicável. As mãos calando as carências do corpo. Os lábios e línguas dançando juntos. E os corações formando juntos, a batida da nossa canção.

Nao sei definir perfeitamente...apenas nos igualamos.. nos entregamos ao amor, sem medo, porque mesmo quando era só desejo carnal, era bom, por ser com você...Mas quando eu pude provar seu beijo apaixonado e verdadeiro, um beijo quente e ofegante...eu pude sentir a entender o que eu queria desde o começo.
Eu queria apenas que VOCÊ  pudesse me amar... e naqueles momentos, foi o que você fez...
Você me amaou fortemente e me beijou com toda a intensidade contida em teus lábios, sabor cereja.

E por mais que eu realmente adorasse sentir-me forte, sentir-me dominar... eu me encontrava mesmo, quando você me segurava bem forte e me mostrava onde eu deveria estar... porque quando voce me beijava verdadeiramente e me segurava bem forte, eu podia te amar enlouquecidamente.
E por mais que eu adorasse nosso momentos de perversão, nossas relaçoes sexuais, o que me fazia contorcer-me em prazer, de verdade, era sentir-me envolto por teus braços...era sentir as batidas de teu coração, amassando-me o peito, era sentir que você podia me entregar mais que uma transa por carência...Era sentir que em manhã de inverno, eu me apaixonei loucamente por você,  por teus toques. Mas que em uma tarde, desse mesmo inverno, eu pude ouvir nossa canção sem você precisar canta-la...eu pude derramar minhas lágrimas, junto à ti... e pudemos juntos, apagar essas lágrimas.

Eu percebia o quanto amávamos estar juntos. E eu pude sentir-me forte, por ter feito você ao menos uma vez, beijar-me por amor. Eu me sentia forte, por ter você a me dominar, por ter seu peso sobre meu corpo...por ter o calor de tua pele despida sobre a minha também nua.
Eu ouvia incansavelmente nossa canção...."

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