quarta-feira, 6 de julho de 2011

Uma canção na manhã de inverno part III



A minha mudança:

"Ainda é inverno. Eram umas duas horas da tarde e desde as sete e maia da manhã eu estava parado, no mesmo lugar, com os mesmos intuitos.

A porta então se abre, eu sentia-me incrivelmente forte. Você entrou daquela porta, sem olhar para mim. Você me ignorava como sempre. E em uma movimentação rápida, você vai em direção ao seu quarto, como se não tivesse nem me visto ali. Mas eu queria que você me enxergasse, queria que visse o quanto eu estava forte. Era algo que eu tinha que fazer, afinal, por sua causa eu estava daquela maneira.

A porta de teu quarto, encosta-se calmamente. E eu permaneci encarando-a enquanto meus passos levavam-me à ela.
E dessa vez eu nao recoei. Eu abri a porta, sem bater ou avisar, entrei em seu quarto e depois, encostei novamente a porta. Você visivelmente assustado, encarou-me com uma certa fúria no olhar.
Já o meu olhar, era maldoso, era perverso, era maléfico e eu via tua imagem contorcendo-se pelo frio, apenas preparando-se para cair no sono.
... Mas você nao dormiria...

Eu com meu olhar preso à você,andava em tua direção. Você me olhava, raivoso, como se tentasse ignorar-me e não quisesse saber o que eu estava fazendo Mas você não o fez.
Você abriu os lábios, para dizer-me algo. Provavelmente você iria dispensar minha companhia e mandar-me embora, mas rapidamente, antes que você pudesse dizer algo, meus lábios calaram os teus.

Pude sentir, delicadamente, cada pedaço daquele doce lábio...pude sentir a saliva quente, pelos espaços dos lábios entre-abertos e pude sentir e escutar seu coração, assustado, batendo forte. Minhas mãos seguraram fortemente seus braços, enquanto você tentava soltar-se de mim.
-"Shh Kou... fique quieto."  - Eu disse sussurrante em teus ouvidos.Acariciando-te o peito.

Teus pequenos olhos, abriram-se de modo particular, você demonstrou claramente o pavor que sentia. Eu sabia que por tua mente, nunca se passou que um dia, aquilo aconteceria.
Então de volta aos teus lábios, eu pude acalmar-te pouco a pouco...E te fazer entregar-se a mim.
Eu estava delirante..eu estava te fazendo delirar.

Voce permaneceu calado, beijando-me, enquanto com minhas frias e sedentas mãos, eu apertava-lhe o corpo. E com minha língua, lambia-te o pescoço...de teus lábios eu pude escutar pequenos frêmitos ofegantes...pequenos gemidos, enquanto minha saliva escorria quente, suavemente pelo teu pescoço.

Eu desejei amar-te, eu desejei enlouquecer-te, mas com carinho junto à toda aquela perversão, eu queria que voce se envergonhasse por ter apenas se aproveitado de mim, para matar suas carências, tantas vezes...

Voce nem tentou parar-me...
Eu podia escutar seu coração batendo, forte e alto. Enquanto facilmente eu despia-te o corpo dominado.Você segurava-me as mãos, como criança que segura fortemente a mao da mãe, pedindo segurança.
Eu queria que você se sentisse seguro.Então subi ao teu ouvido e calmamente sussurrei:
---"Deixe-me amar-te Kou..."

Você novamente arregalou os olhos e baixo, quase sussurrante disse:
---"Por que você está fazendo isso Yuu? É vingança?"  -Parecia ainda mais  assustado.

Eu puxando-te o ouvido aos meus lábios, sussurrei, com ainda mais calma, ainda mais baixo:
---"Kou...deixe-me apenas amar-te."
Mordisquei delicadamente sua orelha e completei logo em seguida:
"E se puder... tente me amar..."

Vi seu rosto novamente se contorcer em vergonha. E então antes que você pudesse dizer algo,depositei em teus lábios, meu beijo mais apaixonado. E assim, te prendi na armadilha em que estava preso. Pude sentir você soltando-me...e deixando-me amar-te.

Então daí pra frente, facilmente arranquei-lhe as roupas e beijei delicadamente aquele corpo, sentindo o aroma e o sabor de cereja, a temperatura e o tremer desconcertado.

E eu realmente havia conseguido o que queria..."

Nenhum comentário:

Postar um comentário