quarta-feira, 6 de julho de 2011
Uma canção na manhã de inverno part VI
Palavras doces e verdadeiras, trazendo junto à si...mais perversões e vontades:
"Eu podia sentir seu corpo ainda nu, enrigecendo-se contra o meu, com carinho.
E eu pude deixar você sentir meu corpo, enquanto, você cantou por várias vezes a nossa canção..numa nova manhã de inverno.
E quando a canção chega ao fim, eu pude escutar baixinho...baixinho você sussurrar em meu ouvido que me amava. Então assustados, meus olhos se abriram, encontrando-se aos seus. Você me encarava docemente, como nunca, apaixonado como nunca e lindo como nunca.
Eu sentia que você me amava, mas nunca pensei que poderia ouvir isso de teus lábios. Então eu pude deixar você escutar que eu também te amava. Eu sorri, você sorriu. E novamente, fraco como sou, pude deixar você sentir minhas lágrimas molharem-te o corpo. eu chorava e ria, baixo, de um jeito extremamente frenético.
E as tuas molharam-me também...ríamos, enquanto chorávamos... e nos amávamos.
O que mais importava? Nada !
Eu pude em uma única vez, sentir-me amado, em uma única estação, em um único sentimento, ao som da nossa canção.
Eu nunca senti vergonha de ser como sou, e você nunca sentiu vergonha de mostrar que me desejava. Mas me adimirava, você ter tanta vontade de me amar. E para falar a verdade, nós não precisávamos ter dito nada, pois nosso corpos falavam todo o tempo, do quanto nos amávamos. Eu pude sentir prazer em sentir-me fraco... em sentir-me dominado por teu corpo alto, forte e sedento. E eu sabia que naquele momento, mesmo com pureza, você queria me dominar...
Então eu pude deixar que calmamente você me dominasse...segurando-me o corpo fortemente.
Pude sentir você erguendo-me e deixando-me de costas para seu corpo... e pude sentir também, você beijando-me delicadamente a nuca e apertando-me a cintura. bem forte. Eu pude sentir a dor, penetrando pelo meu corpo... detalhadamente... pude sentir você me dominando, com força, com carinho, com perversão, com amor. Os corpos movimentavam-se loucamente... e eu sentia no ar, teu aroma de cereja misturado com um cheiro forte de esperma.
Minha voz ecoava, em gemidos e urros abafados pelo lençol que eu tinha entre os làbios, mordendo-o. Meu corpo era jogado para frente com uma força enorme e trazido para trás por suas mãos carinhosas. Eu podia sentir a dor entrando e saindo de meu corpo... e como eu gostava daquela dor...embora dessa vez tivesse sido diferente, como se o amor que eu sentia, amaciasse meu corpo delicadamente. Você me segurava forte, pela cintura e eu mordia o lençol, cada vez com mais força.. e meu corpo era jogado para frente cada vez com mais força e trazido pra trás com mais carinho...
Minhas mãos estavam fechadas, apoiadas na pequena montanha de travesseiros, segurando-me pra que eu fosse amaciado, quando jogado pra frente.
E teus beijos, depositados em minha nuca, todas as vezes em que meu corpo era trazido para trás, enlouqueciam-me cada vez, de forma mais intensa. Pude sentir meu corpo enchendo-se de prazer, meus olhos fechando-se, virando-se... delirávamos juntos.
Nossas pernas tremiam, minhas mãos pesavam no travesseiro e as tuas pesavam wm minha cintura. A visão escurecia no topo dos olhos. O impacto dos corpos se fazia cada vez mais forte... a respiração ficava cada vez mais ofegante... e meus gemidos mesmo abafados, saiam fortes e altos.
O lençol, estava molhado em meus lábios e meu rosto se contorcia insanamente. Você gemia forte e alto e a cada impacto dos corpos, saia um som alto, como um tapa...
E quando eu achei que não iria aguentar mais prazer, pude te sentir puxando-me pra trás com muita força, pude sentir teus lábios amolecendo em minha nuca...
E senti com uma intensidade monstruosa, teu corpo satisfeito e louco de prazer, despendar para trás, puxando o meu junto. E novamente pude sentir o impacto dos corpos, e tua respiração tão forte no meu ouvido.
Nossos corpos cansados...molhados...caídos um sobre o outro. Novamente não pude abrir meus olhos. E o lençol ainda estava entre meus dentes, intacto, molhado. Eu fui me encaixando por entre suas pernas. E senti escorrendo por entre as minhas um líquido quente e espesso. E mais uma vez, tuas mãos me envolveram com uma delicadeza enlouquecedora.
Pude absorver a doçura de teus toques... E meu corpo avermelhado, ardia, pela força das batidas do teu contra o meu. Teus quentes e sempre sedentos lábios, beijavam-me o canto do rosto e nossos corpos ainda tremiam.
Eu realmente adorava ser dominado por você. E pude até me esquecer e perder as contas de quantas vozes voce disse que me amava, naquele período de loucura e quantas vezes retribuí..
Eu amava o modo com que só você conseguia me dominar, com que só você conseguia ser forte a ter total domínio sobre mim.. e ao mesmo tempo me fazer te amar e amolecer com teus beijos e toques. Eu amava teus beijos.. eu podia delirar quando teus lábios tocavam-me a pele. Eu permanecia intacto. Sentia intensamente a força que teu domíneo me causava.
O frio penetrava em nosso corpos, e novamente, com naturalidade você levou a mao aos meus lábios, retirando deles o lençol mordido. Esticando-o sobre os corpos.
O ar cheirava a cerejas, o mesmo sabor que eu sempre senti em sua pele...mas cheirava também à prazer...
E meu olhos já abertos, puderam ver nitidamente e bem de perto, o teu peito acomodando-me a cabeça.
Quando teu coração batia forrte, meu corpo pulava sutilmente, lembrando-me de todo aquele delírio. Eu não queria mudar nada....
Era uma nova manhã de inverno em que nos aquecíamos juntos... E surpreendente como sempre, tuas maos caçavam mais carências em minha pele, pele essa que facilmente se arrepiava com teus toques.
Voce sussurrava bem baixo em meu ouvido:
---"Kisu shite Yuu...Kisu shitemo ii...?"
Eu não respondi, apenas levantei a cabeça e te olhei nos olhos, dando a entender que eu desejava seus lábios.
E tua mão, delicadamente virou-me o rosto e calmamente teus lábios sedentos e carentes capturaram os meus.. com amor...
Eu pude sentir e entender mesmo sem palavras, que aquela era tua forma de me agradecer. E ao fim daquele beijo, os corpos permaneceram unidos deitados. Enquanto em meu ouvido você sussurrava incansavelmente e apaixonado:
---Eu te amo tanto Yuu..."
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Brilhante.
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